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Tem alguém vindo

  • Foto do escritor: Rafaela Chor
    Rafaela Chor
  • 27 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de dez. de 2020



Desatar os dedos, os braços e os lábios são ações que prosseguem essas palavras manchadas de sangue em nossos corpos. Nós, os genuínos amantes, temos os galhos cortados por tesouras que vêm de todos os lados, nos impedindo de espalhar as folhas pelo nosso próprio caminho.


Deveria ser obrigatório o interrogatório antes de descermos ao planeta terra, para que assim, as palavras dos que pisam em cima dos trapos restantes dos que tentam dançar não pudessem alcançar nossos ouvidos.


Nós pintamos as ruas, cafés, galerias e escolas com pincéis coloridos saídos dos calcanhares, e mesmo que segundos depois alguém venha sujar de piche a nossa obra de arte, nada disso importa, pois nós somos os corações amantes, os que buscam contagiar o mundo com o acolher de nossos braços.


Certo dia me perguntaram o que era a morte, e depois de um tempo cheguei à conclusão de que temos diversas formas de morrer, não só a morte física que te deita num caixão. Para mim, a morte é o espaço que se cria entre as mãos e corpos quando percebemos que há alguém se aproximando na rua. É vestir fantasias ditadas por bocas terceiras para sair na rua ao invés de usar as peças que gostaríamos de experimentar.


Não, eu não escrevo esse texto para lamentar as situações já vividas por todos os que fazem parte do universo LGBTQI+, isso é uma súplica. É a vontade que vem me rasgando o peito pedindo para que possamos nos unir e apoiarmos uns aos outros. Você, seja lá qual for sua bandeira, sinta-se abraçado por mim, e por todos os que lerão esse relato.


Agora, mais do que nunca, o mundo precisa de amor, de compreensão e poesia, portanto isso é um convite, para você que tem a chance de mandar um recado para os que deseja por perto, para apoiar o trabalho dos que estão começando a carreira e também para os que já alcançaram suas conquistas. É uma súplica para que você se comunique e coloque para fora aquilo que a sua cabeça tem para dizer, pois ela é absolutamente única. Não existe outro ser humano nesse planeta com os mesmos pensamentos preciosos que você.


A sua voz importa e estamos preparados para ouvi-la. Não poupe o mundo de algo que poderia ser revolucionário, o planeta precisa de pessoas extraordinárias em seus próprios jeitos, e você tem muito a compartilhar.


Vamos dar a mundo as pinceladas que ele precisa para se tornar menos acinzentado, pois cabe a nós, os amantes genuínos, fazer questão de colorir aquilo que já cansou de ser monocromático.




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