Sobre a intuição

Existe uma teoria que perdura nos recônditos fundos da minha cabeça que diz que quando nós somos devastados por uma forte tempestade, nós temos a habilidade de sermos reconstruídos pelas próprias mãos cada vez mais forte das próximas vezes.

Sabe-se lá se essa teoria é comprovada por cientistas e entendedores da psicologia, mas eu posso garantir para você que muitas pessoas pensam assim e fico feliz dessa teoria ser compartilhada.

O que acontece é que cada célula em nosso corpo aprende a sobreviver de maneira mais preparada cada vez que algo tenta derrubá-la. O corpo tem memória inteligente, não é como se ele lembrasse de cada febre que tivemos, mas ele se lembra da sensação da febre para nos alertar que ela está vindo.

Criamos um certo sexto sentido para nos manter atualizados de cada alteração que nosso corpo sofre. E não digo isso apenas para sensações físicas, como um estômago embrulhado de dor. 

É nessas horas que os sentidos se aguçam e o corpo fala mais alto do que alto-falantes dentro de uma sala vazia. É aí que os calafrios vêm e você sente se aquele momento é benéfico ou não para o seu corpo espiritual.

Não digo isso no sentido religioso, e sim no sentido de se entregar para si a ponto de sentir que você não é apenas um corpo cru cheio de carne e órgãos. Acredite, é possível.

É nesse processo que aprendemos a dizer “não” e rejeitamos aquilo que transpassa o nosso ser com o intuito de evitar sangramento.

O corpo espiritual é o que aprecia a luz do sol batendo na pele e faz com que você sinta como se estivesse luz própria. E mesmo que muitas pessoas digam que não somos corpos luminosos, eu digo que somos, sim.

Eu faço questão de desafiar a física às vezes, e mesmo que muitas pessoas discordem de mim, eu prefiro acreditar na realidade de que somos mais do que parecemos ser.

Prefiro ter a inocência de crer que a nossa intuição é a nossa melhor bússola e segui-la fortemente em momentos de tempestade. Porque é a partir da nossa intuição que vamos começar o processo de reconstrução.

E tudo bem demorar para se reconstruir, nem tudo é um processo linear. O que temos que ter em mente é só que estamos dando o nosso melhor.

Nem sempre as coisas poderão ser consertadas, então é importante lembrar de que começar do zero também é necessário. Está tudo bem colocar o primeiro tijolo e pensar que você nunca conseguirá terminar aquela construção.

Tudo isso assusta até os maiores valentões, acredite. Todo mundo tem medo do que desconhece e do que é novo. Lembre-se de colocar um tijolo após o outro no seu tempo. Ninguém está aqui para cobrar a sua evolução.

A sua intuição é o melhor temporizador que existe, nunca se esqueça disso.